“A Balada do Café Triste”
Comprei-lhe
«A Balada do Café Triste»
depois de
quase ter passado por ladrão
de
livros, mexendo-lhes sem olhar
para eles
enquanto rondava de todos
os lados
aqueles olhos que se viam
de
qualquer ponto da feira, mesmo
se houvesse
obstáculos o verde
atravessava-os,
o verde tornava tudo
verde
entre mim e ela, e no meio
dessa cor
unânime a rapariga
era ainda
mais. Pouco importa,
leitor,
se houve depois alguma história,
entre
homem e mulher não se passa
muito
mais: uns olhos que de repente
são
necessários e pelos quais passamos
por
ladrões de livros ou pior.
Nunca li
«A Balada do Café Triste».
Pedro Mexia
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