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Acreditava-se então que a Terra era um disco, dividido em duas partes iguais pelo Mar, tal como os Gregos o denominavam – e que nós hoje conhecemos como Mediterrâneo – e pelo que chamamos Mar Negro. (Os Gregos designaram-no, primeiramente, de Axino, que significa mar Hostil, e, depois, talvez porque começaram a ficar familiarizados com ele, Euxino, o mar Favorável. Algumas vezes, sugere-se que lhe foi atribuída essa designação agradável para que a influência benéfica do nome se fizesse sentir nas suas águas, poupando assim as embarcações gregas). Em redor da Terra corria o grande rio Oceano, nunca perturbado por qualquer vento ou tempestade. Na outra margem do Oceano havia um povo misterioso, cujo acesso poucos seres humanos conheciam. Sabia-se que eram os Cimérios que lá viviam, mas desconhecia-se se a este, a oeste, a norte ou a sul. Tratava-se de uma terra envolta em nuvens e névoas, onde jamais a luz do dia raiava e sobre a qual o Sol cintilante nunca fazia incidir o seu esplendor, nem quando se erguia no Céu estrelado pela aurora nem à noitinha, quando voltava do Céu para a Terra. Sobre esse povo melancólico pairava uma noite profunda e eterna.
Com excepção dessa região única, todos os povos que viviam do outro lado do Oceano eram muitíssimo felizes.
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