12 junho 2012
Embriaga-te
Deves andar sempre ébrio. É a única solução. Para não sentires o tremendo fardo do tempo que te pesa sobre os ombros e te verga ao encontro da terra, deves embriagar-te sem cessar: com vinho, com poesia, ou com a virtude.
Escolhe, mas embriaga-te.
E se alguma vez, nos degraus de um palácio, sobre as verdes ervas de uma vala, na solidão morna do teu quarto, tu acordares com a embriaguez atenuada, pergunta ao vento, à onda, à estrela, à ave, ao relógio, a tudo o que passou, a tudo o que murmura, a tudo o que gira, a tudo o que canta, a tudo o que fala; pergunta-lhes que horas são:
«São horas de te embriagares. Para não seres como os escravos martirizados do Tempo, embriaga-te, embriaga-te sem descanso. Com vinho, com poesia, ou com a virtude».
Charles Baudelaire
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Speechless...
ResponderEliminarEfeitos de bom vinho e melhor prosa ;)
ainda bem, maçã :)
ResponderEliminar(bom sto. antónio)
:)
ResponderEliminarBom Sto. António, jl
;)