29 junho 2012











não procuro um amor entre os cardos,
se é entre os cardos que me vês, procura 
pensar que um amor não se perde por ali 
nem por ali se deve encontrar. se estou 
entre os cardos, meu amor, é para te esquecer 
e se me vires, pensa que é por ti, absolutamente por ti 
que procuro apenas dores, apenas fardos, 
para lentamente matar o meu coração. e 
se me vires cair, se entretanto me vires no chão, 
não me apanhes, não me ajudes, pensa que 
já ninguém passeia nos cardos e que o 
amor, para castigo dos que morrem, recomeça 
num outro lugar, seguramente à tua espera. 
depois sorri mesmo que te seja difícil, se por 
mais difícil que seja para mim ver-te sorrir 
é entre os cardos que devo partir, quando 
fugazmente te souber passando, tão parecida 
com ires buscar a felicidade sem mim e eu 
só mais uns segundos, já meus anjos preparados. 









valter hugo mãe










Sem comentários:

Enviar um comentário

cartografe aqui: