Homens que são como projectos de casas
Em suas
varandas inclinadas para o mundo
Homens nas
varandas voltadas para a velhice
Muito
danificados pelas intempéries
Homens cheios
de vasilhas esperando a chuva
Parados à
espera
De um
companheiro possível para o diálogo interior
Homens muito
voltados para um modo de ver
Um olhar fixo
como quem vem caminhando ao encontro
De si mesmo
Homens tão
impreparados tão desprevenidos
Para se
receber
Homens à
chuva com a mão nos olhos
Imaginando
relâmpagos
Homens abrindo
lume
Para enxugar
o rosto para fechar os olhos
Tão
impreparados tão desprevenidos
Tão confusos à
espera de um sistema solar
Onde seja
possível uma sombra maior
Daniel Faria
...
ResponderEliminarNão lhes peçamos para entrar
Porque a sua força é para fora e a sua espera
É a fé inabalável no mistério que inclina
Os homens para dentro
Não os levantemos
Nem nos sentemos ao lado deles. Sentemo-nos
Do lado oposto, onde eles podem vir para erguer-nos
A qualquer instante
DF
(porque é preciso acabar o poema para que recomece)
homo sapiens? será?
ResponderEliminartalvez, quem sabe? ;)
ResponderEliminaré isso, maria ;)
ResponderEliminar