Gruas no cais descarregam mercadorias e eu amo-te.
Homens isolados caminham nas avenidas e eu amo-te.
Silêncios
eléctricos faíscam dentro das máquinas e eu amo-te.
Destruição
contra o caos, destruição contra o caos, e eu amo-te.
Reflexos de
corpos desfiguram-se nas montras e eu amo-te.
Envelhecem
anos no esquecimento dos armazéns e eu amo-te.
Toda a
cidade se destina à noite e eu amo-te.
José Luís
Peixoto
Sem comentários:
Enviar um comentário
cartografe aqui: