09 maio 2012











eu teimo em ser humano por um dia
para que possas ver-me tal qual sou:
um grão, de fina areia, que se move
no dourado rumor da tua pele,
o breve estremecer que te percorre,
a preguiçosa vida dos sentidos;
e depois, teu igual, talvez te vença
ou me deixe vencer, e te pertença
com a vaidade que me vem de ter
o sábio coração de um aranhiço.








António Franco Alexandre










{ lê-se, vê-se e ouve-se muito melhor aqui }



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