Ter escrito com o sangue.
Também poderia ter escrito as visões
Se os olhos divididos em partes não sobrassem
No vazio de ceguez
E luz.
Poderia ter escrito o que sei
Do futuro e de ti
E de ter visto no deserto
O silêncio, o fogo e o dilúvio.
De dormir cheio de sede e poderia
Escrever
O interior do repouso
E ser faúlha onde a morte vive
E a vida rompe.
E poderia ter escrito o meu nome no teu nome
Porque me alimento da tua boca
E na palavra me sustento em ti.
Daniel Faria
"[...]E poderia ter escrito o meu nome no teu nome
ResponderEliminarPorque me alimento da tua boca
E na palavra me sustento em ti."
Bastavam estas linhas e o poema já estaria inteiro.
Gosto muito!
olha o meu livro de cabeceira. :)
ResponderEliminar(esta verificação de palavras dá-me nos nervos! grr! :p)
apple: também eu
ResponderEliminarvanessa: também meu
;)