Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.
Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.
De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.
(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel abandonado)
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel abandonado)
Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.
Alexandre O'Neill
Um dos meus poemas favoritos.
ResponderEliminarEsta primeira linha, maravilhosa, a abrir-nos uma imensidão de beijos e de palavras...
:) também um dos meus...
ResponderEliminarAinda a propósito de primeiras linhas,esta, do Daniel Faria, também me faz estremecer:
ResponderEliminar"Amo o caminho que estendes por dentro das minhas divisões..."
;)
ResponderEliminaresse copiei-o pela primeira vez aqui:
http://fabulasincompletas.blogspot.com/2010/03/fabulas-alheias-amo-o-caminho-que.html
apareceu também no blog anterior.
e creio que um dia destes...