12 fevereiro 2012







Soneto do amor total





Amo-te tanto, meu amor… não cante
O humano coração com mais verdade…
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.


Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade
Amo-te, enfim, como grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.


Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente


E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo, de repente
Hei-de morrer de amar mais do que pude.








Vinicius de Moraes







3 comentários:

  1. Gosto de poemas de amor, assim como de cartas de amor, canções de amor... Sou pelo amor, mesmo quando ele não é por mim. Vinicius hoje, Neruda ontem, falam-me de amor ao coração

    Obrigada.

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  2. :)
    eu também apple, eu também...

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