31 agosto 2016






vinte e tal quadros (quase todos os que pintou) e meia dúzia de desenhos: a memória grafada de jheronimus van aken, dito jheronimus bosch. quinhentos anos depois não se sabe quase nada, mas há quem tenha percebido quase tudo. andré sanz, com música de javier adán e santiago rapallo, recria no seu jardín infinito as delícias do antigo pintor de brabant, recortando e colando pormenores, ampliando detalhes, reinventando na sua videoinstalação um palco que é o mundo de bosch. há quem entre e esteja apenas um momento, há quem se sente e veja todos os setenta e cinco minutos. e dá-se um suave milagre: é-nos permitido sermos figurantes nessa peça, como se tudo o que em nós é único, bizarro e grotesco tivesse sido por ele afinal desenhado também naquele tríptico mágico. inesquecível.








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