02 agosto 2014






As carroças da rua sonsonam, sons separados, lentos, de acordo, parece, com a minha sonolência. É a hora do almoço mas fiquei no escritório. O dia é tépido e um pouco velado. Nos ruídos há, por qualquer razão, que talvez seja a minha sonolência, a mesma coisa que há no dia.
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Penso às vezes que nunca sairei da Rua dos Douradores. E isto escrito então parece-me a eternidade.







Bernardo Soares







1 comentário:

  1. Mesmo a combinar com o dia de ontem, José Luís;)
    E quando fica escrito, fica também inscrito na alma. Não há volta a dar!

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