24 novembro 2012










Vidro côncavo







Tenho sofrido poesia
como quem anda no mar.
Um enjoo.
Uma agonia.
Sabor a sal.
Maresia.
Vidro côncavo a boiar.


Dói esta corda vibrante.
A corda que o barco prende
à fria argola do cais.
Se vem onda que a levante
vem logo outra que a distende.
Não tem descanso jamais.









António Gedeão








[muitos parabéns ao meu querido professor rómulo, que sopra hoje cento e seis velas]

1 comentário:

  1. à deriva ;))

    este deve estar cotado no mercado, só pelo nome do autor já disparou a procura

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