28 fevereiro 2012





Paráfrase




Este poema começa por te comparar
com as constelações,
com os nomes mágicos
e desenhos precisos,
e depois
um jogo de palavras indica
que sem ti a astronomia
é uma ciência infeliz.
Em seguida, duas metáforas
introduzem o tema da luz
e dos contrastes
petrarquistas que existem
na mulher amada,
no refúgio triste da imaginação.


A segunda estrofe sugere
que a diversidade de seres vivos
prova a existência
de Deus
e a tua, ao mesmo tempo
que toma um por um
os atributos
que participam da tua natureza
e do espaço criador
do teu silêncio.


Uma hipérbole, finalmente,
diz que me fazes muita falta.





Pedro Mexia





4 comentários:

  1. que coisa mais linda. o universo inteiro num poema!

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  2. ;)

    [figuras de estilo pela manhã
    alegria e vida sã...]

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  3. sim... e sempre pautadas pelo ritmo da alegoria de um pleonasmo e pela cor eufemista de uma antítese
    (há esse paradoxo: sob a luz solar cada metáfora induz uma sinédoque)
    ;)

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